De acordo com levantamento divulgado na última quinta-feira (19) pelo Ministério da Justiça, 55% dos usuários de crack e drogas similares no Brasil cursaram apenas o Ensino Fundamental. A pesquisa foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e revela, ainda, que o número de usuários regulares de crack, em todo o país, ultrapassa 370 mil.
Em Teresina, um projeto tenta mudar essa realidade. Intitulado de Educação Antidrogas, a proposta do vereador Samuel Silveira, já aprovada pelo prefeito Firmino Filho e que passa a vigorar este mês em 42 escolas da capital, visa conscientizar crianças e jovens sobre os malefícios das drogas.
A Lei de Educação Antidrogas estabelece que todas as escolas municipais de Teresina, que tenham o Ensino Fundamental, devem realizar, a cada 15 dias, atividades de conscientização e combate às drogas.
Para o vereador Samuel Silveira (PMDB), a pesquisa reforça a importância do tema ser trabalhado já nas séries iniciais da educação.
“Nosso objetivo, com a implantação da Lei, é fazer com que os nossos jovens e crianças tenham conhecimento suficiente e necessário para saber os reais efeitos do uso de entorpecentes. Acreditamos que a educação é a arma mais forte que temos em mãos para combater esse mal”, afirma Samuel Silveira.
O estudo mostra, ainda, que o número de dependentes químicos que cursaram até o Ensino Médio (20%) e o Ensino Superior (5%) é bem inferior quando comparado aos que cursaram apenas o Ensino Fundamental, reforçando a premissa de que a educação tem influência direta no envolvimento com entorpecentes.
De acordo com pesquisa, “a maioria dos usuários de crack esteve, em algum momento, na escola, o que reforça a importância de programas de prevenção em âmbito escolar, desde os níveis iniciais, de modo que [os alunos] obtenham uma formação adequada”.
Samuel Silveira, que chefiou a Delegacia de Entorpecentes por quase dois anos e atua como educador contra às drogas em escolas e universidades há mais de três anos, frisa que as crianças estão suscetíveis às drogas, principalmente, devido ao fácil acesso e a uma cultura que está se formando de conivência e liberalização de entorpecentes. "Não podemos tratar as drogas com banalidade, como algo comum. É uma questão de saúde e segurança pública", finaliza o parlamentar.
Em: 24/09/2013 11:00:00
Tags: crack, pesquisa, Samuel Silveira