O vereador Paulo Roberto da Iluminação (PTB) usou a tribuna da Câmara Municipal de Teresina nesta quarta-feira (14) para criticar a forma como está tramitando no Legislativo o projeto de subconcessão dos serviços de abastecimento d'água e saneamento básico na capital.
O parlamentar manifestou apoio aos servidores da Agespisa, e advertiu para a existência de um processo de sucateamento da companhia estatal. "Está caracterizado que o plano para acabar com a Agespisa já está em prática. Porque sequer tubulação está sendo oferecida para atender as famílias. Outro dia estive no Verde Cap III, na zona sudeste, e conversei com uma família cuja residência precisava de apenas cem metros de tubos para que a água chegasse, mas a Agespisa não instalava. Fomos duas vezes à sede da empresa para pedir uma solução, mas a família precisou comprar a tubulação para que o serviço fosse feito. Por fatos como este nós só podemos concluir que o plano é falir, destruir, queimar a imagem da Agespisa perante a população, para poder vender a empresa a um preço baixo", lamentou Paulo Roberto.
Ratificando a opinião dos servidores da companhia estatal, o vereador avalia que, caso a parceria público-privada (PPP) seja concretizada, há um forte risco de que ocorra um aumento no valor dos talões de água e esgoto, inclusive extinguindo-se a tarifa social para as famílias de baixa renda.
Para o vereador do PTB, o que falta à Agespisa é uma gestão competente, que seja capaz de recuperar as finanças da empresa e realizar os investimentos necessários à expansão dos sistemas de abastecimento e saneamento básico.
Paulo Roberto disse, ainda, que esta semana esteve no povoado Centro dos Afonsinhos, e os moradores demonstraram preocupação com a possibilidade de terem que pagar tarifas de água e esgoto, caso seja firmada uma PPP entre o Instituto de Águas e Esgoto e uma empresa concessionária. "Questionado pelos moradores, eu alertei que se esse projeto da Prefeitura for aprovado eles vão ter que pagar água, se é que a água vai chegar ao povoado. São pessoas humildes, que não têm condições de arcar com mais essa despesa, ainda mais em troca de um serviço ruim", pondera Paulo Roberto.
Em: 14/10/2015 09:52:00
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