Na audiência pública que discutiu os problemas das hortas comunitárias de Teresina, realizada na manhã dessa quarta-feira (08) na Câmara de Vereadores, constatou-se que para atender todas as 46 hortas comunitárias e 12 campos agrícolas existem apenas um engenheiro, um técnico e dois estagiários na Superintendência de Desenvolvimento Rural de Teresina (SDR). A informação foi repassada pelo superintendente da SDR, Francisco Alberto Almeida.
A audiência é fruto das constantes reclamações dos horticultores, sobretudo a respeito da falta de acompanhamento técnico, falta de segurança, energia elétrica e devido às cercas danificadas. A proponente do encontro, vereadora Teresa Britto (PV), solicitou a realização de concurso público para engenheiros e técnicos para os quadros da SDR, além da recuperação das cercas, implantação de um programa de segurança e a ocupação de áreas verdes para instalação de novas hortas.
“Os horticultores estão sem apoio, ganhando pouco dinheiro e ainda tendo que gastar com segurança porque os ladrões roubam sua produção. Na horta do Promorar, por exemplo, eles gastam R$ 1 mil a um segurança. Além disso, existe a falta de apoio técnico e por isso acabam perdendo parte da produção”, afirmou a parlamentar.
Segundo o superintendente Francisco Alberto Almeida, há cerca de 2,7 milhões na Codevasf que serão destinados para um programa de reestruturação de todas as hortas comunitárias e campos agrícolas de Teresina, envolvendo a colocação de novas cercas, kits de irrigação, segurança motorizado, iluminação e limpeza.
“Também queremos criar um Centro de Distribuição para receber esses alimentos das hortas e abastecer as escolas municipais. Hoje é produção deveria atender 30% das escolas, mas a baixa produção impede atingir essa meta. Além disso, essa parceria com a Codevasf vai nos permitir reestruturar a estrutura de todas as hortas e campos agrícolas até o fim do ano”, garantiu Alberto, lembrando ainda que a Prefeitura de Teresina pretende criar um programa de hortas familiares para quem possuir um terreno apropriado.
A horticultora Francisca das Chagas, do bairro Dom Avelar, lamentou a falta de apoio e disse que está difícil trabalhar para conseguir sustentar a família. “A gente está aqui pedindo ajuda porque a situação está muito difícil”, afirmou.
O tenente coronel Edson Ferreira, do Ronda Cidadão, informou que não há um trabalho específico voltado para as hortas porque falta uma integração maior das associações dos horticultores com a polícia. Segundo ele, a PM precisa de informações para traçar uma estratégia sobre horários específicos para rondas em cada hortas e trabalhos preventivos, que impeçam o furto das produções.
Em: 09/05/2013 11:22:00
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