A Rede Um Grito pela Vida realizou na manhã desta segunda-feira (04/09) um debate sobre o tráfico de pessoas, no plenarinho da Câmara Municipal de Teresina, em parceria com a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), a secretaria municipal de Políticas Públicas para Mulheres e outras instituições. O debate foi feito em alusão aos 10 anos do grupo.
De acordo com a presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Irmã Denise, existem dados que comprovam que o tráfico de pessoas é a terceira maior atividade criminosa do mundo, ficando atrás apenas do tráfico de drogas e do tráfico de armas.
“O caso do tráfico [de pessoas], é caso de polícia, mas nós trabalhamos a prevenção, seja nas escolas, seja nas igrejas, nas políticas públicas, e a ideia é que [na comemoração] desses dez anos, a gente possa reafirmar essa luta que hoje passa por vários grupos”, explicou.
Ainda de acordo com ela, o tráfico de pessoas se dá, em especial, pela coerção, para fins de exploração sexual, trabalho escravo, venda de órgãos, entre outros. “É ainda um crime muito velado, então poucas pessoas falam disso. Existe uma luta que a gente vem traçando, para cruzar dados. Os que existem são fragmentados, de trabalho infantil, de pessoas cooptadas pela prostituição, de trabalho escravo em fazendas, mas não existe isso sistematizado”, completou Irmã Denise.
O secretário da Semcaspi, Samuel Silveira, também participou do evento e comentou o trabalho quem vem sendo realizado nesse sentido. “Essa questão do tráfico de pessoas muitas vezes é imperceptível. Nós nos atemos muito à criminalidade tida como “mais normal”, como roubo e furto, até tráfico de drogas, mas nos esquecemos de olhar para o tráfico de pessoas, que é mais prejudicial a nossa sociedade”, disse.
“É importante que haja um reajustamento na concentração dos dados. Acredito que também é importante alimentar ainda mais as nossas cadeias de fiscalização no que toca a isso. A Polícia Rodoviária Federal de uma maneira muito específica, tem buscado se dedicar a essa temática no que toca as rodovias, mas é preciso disseminar [a discussão] e fazer desse enfrentamento, algo mais comum” finalizou o secretário.
Em: 04/09/2017 17:25:00