Moradores do Mocambinho e de bairros adjacentes na zona Norte da capital estão receosos com a grande quantidade de acidentes que têm ocorrido na galeira localizada na Avenida Freitas Neto. No último sábado, mais um carro caiu no local. Foi o segundo em menos de uma semana.
De acordo com os moradores do bairro, muitas vezes os acidentes ocorrem por conta da alta velocidade com que os motoristas trafegam na avenida, e também em consequência da mistura de álcool com direção. Mas, além dos veículos, também são comuns os casos de pedestres e animais que caem no local.
Para solucionar o problema, a Prefeitura de Teresina anunciou que será aberta ainda este ano a licitação destinada a executar a reurbanização da galeria. O estudo preliminar e o projeto básico da obra já foram elaborados pelo Grupo de Projetos Estruturantes (GPE) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh). Agora, cabe à Superintendência de Desenvolvimento Urbano da região Centro/Norte calcular o orçamento prévio da empreitada, que deve custar em torno de R$ 1 milhão.
Ainda no ano passado, o vereador Antonio Aguiar (PROS) apresentou um indicativo à prefeitura solicitando que a obra fosse iniciada o quanto antes. O parlamentar avalia que, além de proporcionar mais segurança aos pedestres e condutores de veículos, a obra será extremamente importante para evitar pontos de alagamento na Avenida Freitas Neto e nas ruas que a cruzam. "Essa intervenção urbanística na galeria do Mocambinho vem sendo cobrada pelos moradores da região há mais de 32 anos. Agora que o projeto está feito, nós acreditamos que, enfim, a obra sairá do papel", afirma o vereador.
Segundo o vereador, a ideia inicial era que o canal fosse completamente coberto, à semelhança do que foi feito com a galeria do bairro Promorar, na zona Sul. No entanto, de acordo com a prefeitura, a galeria do Mocambinho não pode ser coberta totalmente, por conta do risco de transbordar nos meses mais chuvosos do ano, o que acabaria provocando danos à estrutura.
Desta forma, o novo projeto básico da obra prevê a colocação de uma tela de proteção ao longo dos 600 metros do canal, bem como a implantação de duas ciclovias e a construção de doze pontos de estar urbano sobre a galeria (um a cada 50 metros).
O canteiro central será ampliado, e serão implantadas faixas de pedestres coincidentes com os pontos de travessia.
A arquiteta Pâmela Franco, assessora técnica do GPE, explica que o projeto também prevê a colocação de plantas trepadeiras sobre a rede de proteção que cobrirá a galeira. Isso evitará que as pessoas tentem subir sobre a tela, e ainda amenizará o mau cheiro do canal.
Em: 26/03/2015 10:11:00