A vereadora Teresa Britto (PV) vem usando a tribuna da Câmara Municipal para criticar os constantes relatos de violência que a população da capital está sofrendo. O último caso de maior repercussão foi o do taxista esfaqueado em frente a Delegacia de Entorpecentes, localizada no bairro Saci.
Teresa relatou que teve uma conversa com a vítima, que está internada no Hospital de Urgências de Teresina. "Ele disse que quando o criminoso anunciou o assalto, ele jogou o carro na calçada da Delegacia de Entorpecentes. O assaltante estava com uma arma de fogo e uma faca e ele buzinou, segurou a mão do assaltante com a arma do e, como ninguém vinha, o assaltante começou a esfaqueá-lo. Como ele só tinha a carteira, o assaltante pegou a carteira e saiu correndo. Ele só não atirou porque ficou com receio de estar na frente da delegacia. Ele passou por uma cirurgia no HUT porque quebraram o osso da face dele. Mas o que me surpreendeu é que bateram na delegacia e foram perguntar para ele o que tinha acontecido. Mas como pode uma delegacia de portas fechadas? É essa minha pergunta", questionou a parlamentar na tribuna.
O governo alegou problemas financeiros para justificar a falta de investimentos no início do mandato do governador Wellington Dias (PT). Porém, passado o primeiro mês, o governo anunciou que havia conseguido retirar o Estado da condição de inadimplência e, então, poderia voltar a receber os recursos necessários para investir.
Esta semana finaliza o segundo mês de administração petista e, no entanto, os relatos dos policiais ainda são de dificuldades, até com combustíveis para viaturas. "Eu perguntei a um policial no HUT como estava o sistema de segurança e ele me disse que não mudou nada. As viaturas continuam sem combustível. Nós precisamos levantar a voz, precisamos cobrar. Não temos segurança na cidade. Temos dois deputados que foram eleitos com o apelo da segurança.
Precisamos que o governo explique o que vai fazer. Sabemos que é muito caro manter a força nacional. Tem que fazer concurso, tem que qualificar, tem que investir porque senão não vamos ter solução para o problema", cobrou.
Para tratar do problema junto à população, a vereadora propôs e foram aprovados requerimentos para a realização de audiências públicas nas quatro regiões de Teresina. A intenção é levar os órgãos de segurança e membros de entidades sociais para discutir as soluções viáveis.
Atraso salarial
Em aparte, a parlamentar também cobrou que o secretário de Administração do município, Charlles Max, compareça à Câmara para explicar aos vereadores a verdadeira situação dos repasses para as empresas que fornecem mão de obra terceirizada para órgãos municipais.
"Qual o problema que está acontecendo na prefeitura? Por que quando o secretário de Finanças vem aqui ele diz que está tudo bem. Acho que devemos convidar o secretário de Administração para saber o que está acontecendo. A Serv San venceu o contrato, foi renovado, depois não foi mais. É preciso que a gente veja o que está acontecendo. Queremos que os servidores sejam respeitados, sejam pagos em dia", afirmou
Em: 25/02/2015 11:22:00