Vereador critica proposta do PMDB de manter financiamento privado de campanha

O Congresso Nacional está conduzindo uma reforma política totalmente diferente daquela que a sociedade anseia e necessita urgentemente para o fortalecimento dos mecanismos da democracia direta e combater a corrupção.

A declaração é do vereador Gilberto Paixão (PT), ao criticar a proposta apresentada pelo PMDB, que dirige Senado Federal e a Câmara dos Deputados, de manter o financiamento privado das campanhas eleitorais.

O parlamentar afirmou que o financiamento privado já demonstrou do que é capaz. “Atualmente, as campanhas políticas têm financiamento privado. Esse modelo leva os políticos a criarem vínculos com as empresas que os financiaram, o que tende a provocar o favorecimento de tais empresas durante o governo do eleito, o que leva a políticos corruptos e empresas corruptoras”, disse.  

Segundo Paixão, este ponto da reforma política--um dos mais importantes e polêmicos--deve ser amplamente debatido e população consultada. “Segundo pesquisa feita pela OAB/Ibope, 78% dos entrevistados se posicionaram contra a participação de empresas nas campanhas, 85% dos entrevistados são favoráveis à reforma política, e que 92% dos entrevistados são a favor de projeto de lei nesse sentido por iniciativa popular”, afirmou.

O vereador teresinense ressaltou que o Congresso Nacional não é “senhor absoluto da reforma política”, como disse o vice-presidente Michel Temer, mas a população que os elegeu e que deveria ser respeitada em suas posições.

Em: 19/03/2015 09:44:00

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