Recentemente, o Aeroporto de Teresina ganhou um novo aparelho, o DVOR, que auxilia a navegação aérea fornecendo as coordenadas geográficas aos pilotos. O novo aparelho ainda não está em uso, e por conta disso uma comissão formada pelo vereador Aluísio Sampaio (PDT), o representante da Associação Industrial do Piauí (AIP), Elano Sampaio e o arquiteto Adriano Melo visitaram, na manhã desta terça-feira (01), o novo Superintendente da Infraero em Teresina, Sanzio Renato Teixeira da Silva.
Na pauta da reunião, a Comissão cobrou a regulamentação do novo aparelho e a modulação do COMAR (Comando Aéreo Regional) sobre os impactos e melhorias que o DVOR trará principalmente para a construção civil na capital.
Segundo o superintendente da Infraero, Sanzio Renato Teixeira da Silva, o DVOR do Aeroporto de Teresina irá auxiliar nas operações de pousos e decolagens com mais precisão. Mas neste momento, o aparelho está disponível tecnicamente, precisando ainda da homologação do COMAR para seu funcionamento pleno, o que, segundo o Superintendente, deverá aconteceu nos próximos meses.
O sistema DVOR é um auxílio de curto alcance, via rádio, que permite ao piloto determinar sua posição, a orientação em rota, além de possibilitar a execução de procedimentos de aterrissagem em aeroportos que contam com esse tipo de auxílio. O DVOR vai permitir a melhoria dos níveis de segurança nas operações de pouso e decolagem, reduzindo as restrições operacionais e permitindo um maior desempenho do aeroporto.
“Este aparelho é usado nos principais aeroportos do país. Com a instalação dele, um dos principais setores beneficiados é a construção civil, que pode se desenvolver e construir prédios mais altos entorno do Aeroporto sem riscos aos voos”, explicou o vereador Aluísio Sampaio. “Queremos a homologação deste novo sistema. Teresina não pode parar de crescer. O setor da construção civil está sendo prejudicado pela falta deste aparelho”, cobrou o vereador.
Após a homologação do uso do DVOR, o COMAR deverá ainda fazer uma nova modulação da cidade e determinar os impactos e novos aspectos para o setor da construção civil. “Hoje, com o aparelho que o Aeroporto de Teresinha tem, o VOR, os construtores só podem construir até 45m acima da cota do aparelho, o que representa um prédio de 13 andares. É pouco para o porte da capital hoje”, explicou o arquiteto Adriano Melo.
Diferenças Técnicas
O VOR (VHF Omnidirectional Range Radio), equipamento com o qual o Aeroporto de Teresina operava, emite um sinal que informa a aeronave qual a sua radial em relação ao VOR. Existem vários VOR's no nosso país formando assim um conjunto de elementos capaz de informar a aeronave a sua rota. Este sistema é também usado no auxilio à criação de rotas de espera no caso de haver um aeroporto congestionado e as aeronave terem de aguardar algum tempo para aterrar. Normalmente cada aeroporto tem um VOR posicionado perto da pista em cima do seu eixo longitudinal.
Já o DVOR (Doppler VOR), novo aparelho do Aeroporto de Teresina, usa uma modulação FM para o sinal variável e uma modulação AM para o de referência, eliminando assim o problema das reflexões. Se o sinal variável for FM, então são emitidos dois sinais com a mesma frequência e é possível saber qual o sinal direto.
Em: 03/07/2014 10:04:00
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