Mais de três meses antes de a Polícia Federal deflagrar a Operação Rio Verde, destinada a apurar a prática de crimes ambientais pela Agespisa, o vereador Antônio Aguiar (PROS) já havia chamado a atenção da sociedade e do poder público para a poluição excessiva e a presença de uma grande quantidade de dragas ao longo do Rio Poti.
Com o apoio de uma equipe do Corpo de Bombeiros, Antônio Aguiar realizou uma expedição náutica pelo rio e, apenas nos primeiros 20 minutos de percurso, o vereador afirma ter observado a presença de doze dragas, ferramentas utilizadas para retirar areia de dentro do rio e que coloca em risco a vida dos trabalhadores responsáveis por sua operação, bem como das pessoas que se arriscam a tomar banho no leito do Poti.
De acordo com o sargento Nunes, do Corpo de Bombeiros, os chamados "maraqueiros", que controlam a draga, chegam a ficar aproximadamente uma hora submersos, em profundidades de até dez metros, respirando apenas através de um tubo, sem qualquer garantia de segurança. "É um trabalho extremamente insalubre e perigoso", alerta o sargento.
Devidamente registrada num documentário, a expedição também expõe sinais de que o Rio Poti apresenta níveis de poluição alarmantes. Segundo o vereador Antônio Aguiar, é possível observar que os aguapés estão presentes, sobretudo, no trecho do rio localizado na zona urbana da capital, o que comprova que a proliferação dessa espécie de planta aquática está diretamente associada à quantidade de lixo despejada no rio. "Fazemos um apelo para que as autoridades fiquem atentas à situação do Rio Poti. O poder público e a sociedade civil precisam unir esforços para salvar esse importante rio, que agoniza diante dos nossos olhos, no coração da nossa cidade", afirma Aguiar.
Em abril, o vereador do PROS foi um dos que participou da audiência pública destinada a discutir a poluição do Rio Poti. O evento foi proposto pela vereadora Teresa Britto.
Em: 01/11/2013 12:31:00
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